Achei que você era passado

Parece que vivo naqueles livros de banca, bem dramáticos. Aqueles amores românticos irreais. Mas já aceitei. Dói menos aceitar. Apenas aceitei sentir. 
Sonhei com ele esses dias. Acordei sem lembrar oq era mas a sensação era boa demais. Aquela sensação de carinho. Lembrei que eu acredito que as pessoas se libertam nos sonhos e pensei por um minuto que eu e ele sentíamos na mesma intensidade a falta e o carinho e que nossas almas se encontravam nos sonhos e eram livres. Mas eu ri de mim… uma forma de evitar o sofrimento é rir de si mesmo, fazer comédia. Depois desse dia voltei a pensar todos os dias. Achei que tinha me libertado. Não! Parece uma prisão! As vezes uma prisão boa! A sensação de estarmos juntos, mesmo tendo estado poucas vezes, é uma sensação de algo que não vivemos ou que já vivemos em outra vida, talvez só outras vidas explique muita coisa. Sei lá, não quero entrar nessa. Ou talvez, sendo bem racional, é tudo uma criação psicótica da minha cabeça. Rsrs. Eu rio de mim pq não quero aceitar parecer louca. As vezes é uma prisão ruim! Pq as vezes eu queria que fosse real, queria ligar, queria falar, queria visitar, queria que fosse recíproco a paixão, o tesão, o carinho e toda essa loucura… as vezes passa! 
Hoje foi assim… tudo jogado, com poucas vírgulas, sem correção… com a respiração ofegante. Seguimos o dia do jeito que der! Mas seguimos! 

Pensamentos sonhos e pesadelos

Sonhei com vc
A gente não se fala mais é já aceitei isso. Como uma obsessão você me vem em sonhos. Não sei se por lembrar de você eventualmente no dia ou uma comunicação das almas. Eu ri quando escrevi isso. Pq eu ainda acredito que tenha sido recíproco. 
Estávamos em um auditório, eu com um bebê no colo, uma menininha, toda vestida de rosa, uns dois meses de vida. Estou de pé entre as cadeiras, você chega, existe uma troca de emoção ao nos encontrarmos, não sei se esse encontro foi ao acaso. Você olha com carinho pra bebê, passa a mão no seu cabelinho quase careca e beija a cabecinha dela. Passa mão no meu rosto e me beija no rosto, carinhosamente e demorado.  
Podia ter sido nós três, você diz! E caminha na direção das cadeiras no fundo. Em outra cena eu estou sentada e a bebê está sendo amamentada por uma jovem de aparência pobre que pede desculpas por estar amamentando a bebê. Eu olho pra traz e tento te encontrar com os olhos. Não consigo. Acordo. Abro os olhos e estou na cama com meu companheiro e amigo de sempre. O abraço por trás e agradeço por tê-lo nessa vida. Na vida real. Mas fecho os olhos de novo e fico tentando ter a sensação de carinho vinda daquele sonho. 

Eu ainda sonho com você

Hoje eu sonhei com você, de novo. Mais uma vez aquela sensação gostosa de carinho. 
Um carinho que na minha imaginação nós iríamos trocar. 
Algo que não é físico… um carinho entre as almas…
Pode ser invenção da minha mente pra tentar sobreviver ao caos em que vivemos, mas pode ser real, pode ser recíproco, podia ter sido… apenas podia existir… sem nome… como dois conhecidos se cruzam na esquina…

Eu lembro do que eu não vivi

Eu ainda penso em você. 
Penso todos os dias
Penso no teu jeito carinhoso
Penso no que eu inventei de você na minha cabeça
O verdadeiro amor platônico seria isso!?
Eu não falo mais com você e talvez eu nunca mais fale… um dia talvez eu não lembre… mas hoje lembro!

A taça de vinho

Eu pego uma taça de vinho, olho a uva e penso: eu quis aprender sobre os vinhos com ele. 
Que loucura é essa que eu sinto. Tem exatos 29 dias da última vez que nos falamos. Achei que éramos amigos. Se eu deixar de lado toda paixão que acho sentir. Se é que posso dar esse nome. Mas ainda penso nele, ou na criação que fiz dele. 

Faz um ano

Faz mais de um ano que eu sonho com você. 
Sonhei novamente esses dias. Foi bom. Foi tranquilo. Me trouxe carinho. 
Curioso demais o que acontece com meus sentimentos. 
Faz algumas semanas que não conversamos. Na última conversa você realmente me tratou com o maior desprezo que possa existir. Deixou claro que a nossa amizade não tinha importância pra você. Por algum momento eu pensei o quanto eu estava sendo imatura. Pensava em amor, em paixão, em tesão e você não me considerava nem sua amiga. Sim eu ri de mim! 
Fiquei pensando se o que passa na minha cabeça é a paixão dos filmes, romântica, sem explicação, sem precisar conhecer, aquela paixão doida por alguém que a gente nem conhece direito. Aquela paixão que a gente inventa na cabeça da gente. Tentei achar explicação no além, na ideia de estar ‘escrito’. Qualquer uma das ideias parece loucura. É loucura sim. Tenho ciência. Mas é real! Por que eu sinto tudo isso. Uma pequena lembrança de quase um ano atrás de qualquer sinalização de interesse me faz parar e tentar lembrar um pouco mais ou talvez criar uma história que não seja real. Não sei! Só sei que quando sentei do seu lado algo despertou em mim. Seu jeito de falar. As suas mãos. Eu só queria estar perto de você. O tempo todo. Esperava você chegar no trabalho e era como a hora legal do dia. A gente ria. Trocávamos músicas, eu escutava você. Sua opinião era importante pra tudo. Eu realmente queria estar perto. A gente tão diferente!!! Você quietinho, tímido e eu o oposto. Será mesmo que éramos tão diferentes!? Bobagem isso. A gente se provocava o dia inteiro, provocação de irmão. Eu inventava implicâncias e vc fazia o mesmo. Éramos os colegas divertidos. E eu queria estar perto. Comecei a tocar suas mãos com a desculpa de passar creme. Mas eu queria tocar em você. No seu aniversário eu mandei uma mensagem no final do dia e lembro que falei que você era o tipo de pessoa que a gente quer ficar perto o dia inteirinho. Você riu e agradeceu as palavras generosas. No dia seguinte, ao ir embora, nós nos abraçamos rapidinho e as nossas mãos se tocaram por mais tempo. Logo ao ficar sozinha eu mandei a mensagem perguntando o que eu faria com essa vontade de ficar perto!? Vc disse pra esperar até o dia seguinte. Eu esperei! Esperei todos os dias! Queria todos os dias ficar perto. E por incrível que pareça eu quero até hoje. Quase dois anos se passaram. 
Tenho medo de estar louca obcecada. Rsrsrs. 
Vc me disse que não podia. Que eu era casada. Sim. Vc não disse não quero, não me interessa ou algo assim. E não vou entrar no mérito de certo e errado. 
Naquele natal vc viajou e como mágica vivemos um mês de entregas e sentimentos. Várias vezes você disse que pensava em mim, mandou várias canções com sentimentos. Mandava tua rotina de férias diariamente. Conversávamos sobre tudo ou quase tudo. Fotos, opiniões. Sedução, cumplicidade. Você dizia estar com saudades. Daqui a pouco seria fevereiro e você voltaria. Eu estava entregue, apaixonada. Imaginava você me apresentando orgulhosamente a sua família. Me imagina refazendo essas férias com você. Fevereiro chegou, você voltou, nos abraçamos demoradamente. Eu entrei na sua casa. Nos abraçamos e nos beijamos. Não fizemos amor. E acabou! 
Você voltou ao trabalho e tudo acabou. Não tivemos uma conversa, tentei... queria saber o que pensava. Não arranquei mais nada de você. Desse dia e até hoje nunca mais você me falou algo de fato concreto. E por isso penso que inventei tudo na minha cabeça. Chorei algumas vezes. Queria saber se era recíproco, se tinha sido. Se não seria mais. Precisava das palavras. Precisava muito. Mas não vieram. As palavras não vieram. Você me mandou canções. É isso me confundia muito. Será que eu estava interpretando errado!?? Tô alimentando algo que não existe!?? 
Mais de uma vez eu acreditei de verdade que estava brincando comigo. Outras vezes eu julguei que o que eu sentia era carinho de amigo. Sim. Tinha muito carinho. Eu nunca soube se você sentia um mínimo perto disso. Eu nunca soube se vc sentia qualquer coisa. Eu acho que nunca vou saber. Eu ainda derrubo lágrimas ao escrever, mas entendo que não posso fazer nada. Eu deixei claro, muito claro, o sentimento que eu tinha. Falei do carinho que sentia, falei do tesão, da vontade de ficar perto. Aquela mesma vontade de tempos atrás. As vezes eu me perguntava qual era o seu problema. Só pode ter um problema, ou você brinca demais, ou realmente o interesse foi levemente momentâneo lá atrás ou simplesmente não sou interessante pra você. As vezes eu pensava que tinha medo de mim, que me achava muito pra você. Outras vezes eu achava que teria vergonha de mim, de quem eu era, da mulher que me tornei. Cheguei a pensar que você tinha traumas, familiares, de relacionamentos, sei lá. Tinha que ter uma explicação pra você não me querer ou pra querer e não acontecer intensamente. Eu pensava como poderia um homem tão profundo nos conhecimentos de interesse, nas canções que decifrava, na vida, não se posicionar de fato entre querer ou não. 
Nunca saberei nada disso. Escrevi isso aqui por que não consegui falar pra você e pra ninguém. Se foi tudo invenção da minha cabeça eu também não tenho certeza. Hoje tenho 38 anos e a outra vê que eu senti isso, tudo isso misturado eu tinha acho que 14 anos. 
Hoje estou doente e tenho medo, nem tanto medo assim, de partir desse mundo. E sabe o que eu penso!? Que queria abraçá-lo carinhosamente e demoradamente e dizer adeus. Queria dizer o quanto te admiro apenas por existir do jeito que é. Se tudo isso foi invenção minha eu não posso ter certeza. 

Inventei essa ilusão pra continuar

Ele é apaixonado por uma mulher que ele considera muito poderosa, muito acima dele. Linda, culta e casada. Diz ele, que essa mulher encanta onde pisa. Seduz homens! Crianças se encantam. Inteligentíssima para os negócios. Ele, o carinha dentro do padrão. Ela, excêntrica! Ela é muito louca por ele.  Ela se declarou várias vezes e falou coisas que sente por ele, admiração, desejo, tesão, ternura... Ele não sabia que poderia escutar isso na vida. As vezes ele se pergunta: Essa mulher é louca!? O que quer comigo!? Tem um marido fantástico. Uma vida plena? Ele nunca deixou ela passar de um beijo. Mas dava deixas que faziam ela perceber que não estava gostando sozinha. As músicas que mandava pra ela a faziam acreditar na profundeza do seu ser. Ele se considera um alienígena deslocado nesse planeta. Ele a considera uma alienígena por gostar tanto dele. Ela se separou e se mostrou disponível pra ele. Bastava ele se jogar. Se entregar por inteiro. Ele tem medo da energia dela. E não se jogou, ainda. 

Pensamento

 Não sei pq eu penso tanto em vc